terça-feira, 29 de março de 2011

Assuntos aleatórios sobre música

Como já disse, não tenho interesse em seguir algum padrão nesse blog à respeito de postagem. Tanto é que hoje vou escrever sobre fatos relacionados à música. Vamos lá:

*Dias atrás eu peguei para ouvir (depois de muito tempo que não faço isso) o meu cd do Killers, do Iron Maiden. Foi uma tristeza só. Não pelo fato do disco ser ruim, porque eu até gosto muito dele (não sou do tipo que "só gosta de Iron depois que o Dickinson entrou"), mas do tanto que ele está arranhado. Fiquei triste demais, Porque eu mesmo tinha muito cuidado com ele (foi um presente do meu pai, sempre tive apreço com o disco), mas esse tal de emprestar discos é um problema...Bom, melhor nem falar nisso mais porque me fez lembrar outras ocasiões que eu dei a mesma burrada.

*Nesse mesmo dia que eu peguei para ouvir o Killers, eu coloquei uma coletânea do Stephen Malkmus (vocalista do Pavement) - presente de um amigo meu, o Daniel - para tocar depois. Meu amigo que mora comigo até comentou na hora que gostou, mas eu pensei seriamente que era pra me agradar. Mas eu vi que eu estava enganado quando ele pediu para tocar de novo. Tá, beleza. Depois, no outro dia, ele pediu para tocar o disco de novo, e ainda pediu emprestado. Após isso, ele escutou ele mais umas 60 vezes. Fiquei mega satisfeito com isso, nunca imaginei que pudesse criar um apreciador! de Stephen Malkmus dentro da minha própria casa!

*É o fim do mundo, só pode. Todo dia surge uma nova banda de sertanejo universitário, com as músicas praticamente idênticas. Nem o punk rock conseguiu tal façanha! A única parte divertida disso é quando você vai conversar com as pessoas e pergunta: "isso aí é Cleiverson e Reverson?" e ela responde: "que isso, isso é coisa do passado já, a moda agora é Filomeno e José Matias!" Mas eu admito que fiquei meio incomodado esses dias no shopping, quando eu falei "pelo amor de Deus" com um amigo meu, e uma pessoa que estava do meu lado murmurou "Jorge e Mateus"...

* Ainda não me senti animado para ir no Rock 'n Rio. Aliás, tem alguns dias do evento que deveriam ser extintos, na moral. Ou então mudem o nome desse evento para Pop 'n Rio! E do jeito que as coisas estão nesse ritmo de "micaretização", não duvido nada que agora mesmo eles começam a distribuir abadás!

* Ia postar alguma coisa aqui mas comecei a ouvir birdland da Patti Smith e me deu vontade de escrever um tanto de coisa que não tem nada a ver aqui e sem vírgulas por sinal essa música é fantástica ela começa a berrar de uma hora pra outra enquanto que no fundo toca uma sinfonia super soturna coisa típica do john cale tá massa aqui e preciso fazer um tanto de coisa até a próxima postagem

sábado, 12 de março de 2011

Músicas que marcaram momentos

Ouvindo aqui o novo disco do The Pains of Being Pure at Heart, comecei a lembrar de um tanto de músicas que marcaram alguns momentos da minha vida. Na verdade, até músicas que eu não gosto mesmo, mas que marcaram de tanto tocar nas rádios, tv, etc (tipo Sandy e Júnior). Acredito que todo mundo tenha músicas que marcaram sua vida de uma maneira ou outra, e nesse post vou dividir algumas que marcaram a minha:


The Beatles - She Said She Said - lembro quando eu tinha 14/15 anos, trabalhava de office boy em um escritório de advocacia, jogava Super Metroid e Zelda nas horas vagas, e a galera se reunia na 'casa de praia' de um amigo para ficarmos escutando Beatles e falando que a banda era o máximo. Engraçado que quase todo mundo que ia lá atualmente não aguenta nem escutar mais Beatles.

Ed Motta - Fora da Lei - sempre que eu escuto essa música, não sei porque, eu lembro de São Paulo. Desde pequeno eu coloquei na minha cabeça que em SP os ricos fazem festas lounge em seus apartamentos triplex, tomando champagne e ouvindo Fora da Lei. Assim, toda vez que eu vou em São Paulo, eu lembro dessa música quando vejo aqueles prédios bonitões.

Nirvana - Come as You Are - eu já era cismado de ficar gravando fitas com as minhas músicas favoritas, mas pude realmente viver um sonho quando em 2002 eu ganhei meu primeiro walkman. Sei que o negócio era mega ultrapassado, mas pra mim ainda era o máximo. Passear pela rua ouvindo Nirvana, falando alto sem  perceber devido aos fones de ouvido, gastar todo o dinheiro em pilhas....

Dinosaur Jr - Over It - Essa é até mais recente, mas marcou bem o finalzinho do ano passado, por causa do Planeta Terra Festival. Ela já estava na minha cabeça, e ainda tocou no ônibus da excursão. Acho que ela marcou muito o lance da diversão com velhos amigos e outras bagunças que a gente arrumou no Playcenter.


T. Rex - Metal Guru - Eu ralando no cursinho, no início de stress, e lembro que li algo sobre o Kid Vinil dizer que Marc Bolan era um de seus heróis. Eu tinha uma ideia totalmente diferente de T.Rex, pensava que era outro tipo de som. Quando ouvi, pensei: "isso não tem nada a ver com o que eu pensava que fosse...mas mesmo assim é muito bom!" E nunca mais parei de ouvir.

Legião Urbana - Faroeste Caboclo - Essa marcou muito meus 10 anos. Nessa idade, eu tinha uma espécie de "ritual", em que eu acordava, tomava café, e ia tocar violão, todos os dias. Sempre, SEMPRE, a música inicial era Faroeste Caboclo. Eu achava o máximo saber cantar tudo aquilo de cor (porque quase todo mundo só sabe a parte que fala os palavrões). Pra ser sincero, até hoje, quando eu vejo que algo vai demorar 10 minutos, eu começo a cantar faroeste caboclo pro tempo passar mais rápido.

Eu poderia escrever várias outras, até porque eu sou o tipo de pessoa que costumo marcar momentos com músicas, mas eu ficaria aqui o resto do dia escrevendo sobre isso. Além disso, teria o risco de eu confundir tudo e começar a escrever sobre as músicas que eu mais gosto.

Estou com tanta fome que esse momento agora poderia ser marcado por qualquer música infantil sobre comida.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Músicas novas e em bom estado de conservação

Não vou negar que tenho uma certa aversão por bandas mais recentes. Não que seja síndrome de underground (pelo contrário, odeio isso), mas é que o som dessas bandas novas soa muito parecido. Porém, uma vez na vida, outra na morte, surgem algumas bandas que conseguem fazer o diferencial. Ainda bem, né. Pena que isso não aconteça muito no Brasil, onde todos nós sofremos com os efeitos do rock frutinha colorido.

Assim, nessa última semana peguei vários álbuns que frequentemente sou recomendado a escutar, além de alguns lançamentos de bandas que eu já gostava. Começando pelo último que eu ouvi, do J Mascis - Several Shades of Why. (Pra ser mais sincero, eu estava escutando ele agorinha mesmo). É um disco mais calmo, praticamente voz e violão, com alguns arranjos maneiros. É interessante ver o contraste que Mascis faz nesse álbum solo em relação ao Dinosaur Jr (barulheira pura), e mostra que ele consegue ser bom em qualquer instrumento de corda que colocarem na sua mão. É o tipo de álbum que dá pra ouvir em qualquer lugar, tranquilo, com a voz meio rouca e desafinada de Mascis soando como um choro de sua alma. (ou mais ou menos isso, é um desafinado afinado, sabe?)

Agradei bastante do The King Of Limbs (Radiohead) também. Esse novo trabalho (que ainda não foi lançado na forma física) ficou um pouco menos "viajado"do que o seu antecessor In Rainbows, com uma batida mais clean e pegada mais forte. Achei também o seu tamanho ideal (38min aproximadamente), o que não torna o som enjoativo - dá até vontade de escutar duas vezes seguidas. Para promoverem o disco, produziram também o clipe de Lotus Flower (uma das faixas de destaque), em que Yorke faz uma sessão de dance hiper-divertida - o que não exclui sua bizarrice.

(Concordo também que as danças de Ian Curtis eram bizarras, ok)

Sobre o novo do White Lies, preciso escutar mais para digerí-lo melhor. Sites como o All Music Guide até cotaram-no como melhor que o primeiro, mas eu achei ambos muito parecidos, uma espécie de "cópia de fórmula". Vou escutá-lo outras vezes para fazer uma avaliação mais decente.

Escutei também todos os discos do aclamado Arcade Fire. Adorei a bandinha. O único problema é que os discos foram caindo a qualidade das músicas em progressão aritmética (menos mal, poderia ser geométrica). O disco Funeral certamente será considerado um clássico daqui a alguns anos, realmente muito bom mesmo, digno de destaque. Nesse álbum, Arcade Fire conseguiu mostrar que no 'indie' rock dos anos 00 existem bandas que salvam (eu sei que existem VÁRIAS, mas é que todo dia aparece uma nova que faz o mesmo estilo de som em todas as músicas, ou apelam para o visual). Neon Bible também é muito bom, mas como eu disse, ele e o mais recente Suburbs já não conseguem ser tão bons quanto o primeiro. De qualquer jeito, ainda são superiores à média do gênero.

No mais, me apresentaram uma banda russa que se chama Motorama, que pelo visto é desconhecida, embora tenha alguns vídeos no youtube. Remete bem ao Joy Division, aquele vocal soturno, e etéreo. Escutei muito pouco também, mas é uma boa banda. O ruim de escutar bandas com influências muito claras é que te dá um certo desânimo, já que você pode escutar a fonte original de uma vez, sabe. [Isso acontece muito comigo, principalmente quando me mostram um shoegaze que tenta copiar à risca o Loveless, do MBV] De qualquer maneira, vale dar uma conferida.

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É isso aí, por enquanto.