sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O primeirão dos smiths e o que viria a seguir

É muito difícil conhecer pessoas que não gostam de escutar Smiths. Com exceção, é claro, daquelas que nunca escutaram. mas todo mundo costuma gostar desde a primeira vez que escuta.

A sensação que a guitarra de Marr + a voz de Morrissey promovem é única. como o próprio nome sugere, é algo tão simples, tão comum que passa a soar especial e diferente. É aquele espírito único, aquele sentimento que... está todo mundo lá fora feliz pra caramba, e você abatido em casa. E se você tiver escutando com alguém, pode ter certeza que a pessoa do seu lado vai pensar que você está feliz e ela é a grande perdedora mundial.

O primeiro álbum demonstra muito isso, principalmente com Suffer Little Children, quando você começa a escutar os risos no fundo... bom, sobre essa música, é interessante depois procurar a tradução. [Do it yourself]. Lançado em 1984, soaria até meio impossível do primeiro álbum ser ruim (afinal, eles são de Manchester - terra de Joy Division, New Order e da galera que viria posteriormente no Madchester).

Para mim, o único aspecto negativo do disco são alguns falsetes toscos do morrissey, talvez até por sua imaturidade na época. Acredito seriamente que Miserable Lie seria uma música melhor sem aqueles faniquitos, e aquelas gracinhas que ele faz no meio da música.

No mais, The Smiths (1984) indicou uma tendência. Eles foram um dos pioneiros do indie rock (DO INDIE ROCK DE VERDADE), e mostraram que o post-punk poderia ser realmente criativo e inteligente, e ter riffs realmente cativantes. muitas bandas seguiram o estilo da banda, como James (também vinda de manchester), enquanto alguns frontmens imitavam o estilo irreverente de Morrissey (Renato Russo era um deles - apesar que o renato é um caso a parte, já que ele misturava as flores de morrisey com performances de Ian Curtis, o que dava...aquela coisa que todo mundo já viu)

Falar sobre Smiths só me fez sentir saudade da minha infância, dos vinis, de eu arranhando os vinis, de eu enchendo o saco do tio júlio pra ele colocar os discos, da gente depois de velho lembrando dessas coisas, de eu imaginando agora se o que passava na cabeça dele na época quando ele escutava é parecido com o que eu penso hoje quando eu escuto, em um notebook, em mp3, sem o barulho das rotações, sem as distorções, sem qualquer efeito magnífico que um bolachão+ uma agulha podem proporcionar.....

over the moor, the child is on the moor.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010