terça-feira, 26 de abril de 2011

Big Audio Dynamite, perspectivas

Existem bandas que eu escutava há 5,6 anos atrás que hoje eu não gosto nem de ouvir falar o nome, de tanta aversão (apesar que na época eu achava o máximo), mas sempre que escuto Big Audio Dynamite, me dá uma certa nostalgia. Lembro direitinho do meu primeiro contato com a banda. Foi em um programa da mtv, que o Edgard apresentava, qual ele estava passando clipes de algumas bandas que haviam se apresentado no Brasil tempos atrás. O clipe foi E=mc².

Como eu estava no auge da empolgação new wave anos 80 (Information Society, Depeche Mode e afins), apaixonei de primeira. Só que eu não consegui ouvir o nome da banda inteira, somente li no finalzinho do clipe a sigla "B.A.D." Isso me rendeu alguns problemas na busca da banda pela internet, já que eu digitava nos sites de busca 'bad e=mc²' e praticamente não encontrava nada. Só depois de muita busca mesmo é que eu fui descobrir que bad era a sigla de big audio dynamite, e logo depois eu descobri que essa era outro projeto do Mick Jones (the clash). E eu ainda só conhecia uma música - além de ter internet discada (e grátis), youtube não tinha nem metade das coisas que tinha hoje.

Após muito custo (e ajuda de amigos com internet banda larga, afinal, em 2005 poucas pessoas tinham isso em Formiga ainda!) consegui várias músicas da banda, conhecendo um pouco mais do que a clássica e=mc², que apesar de tudo, ainda continua como a minha favorita. Escutava quase todo dia, quando enjoava um pouquinho de The Cure. Adoro o clima das músicas, parece que todos os álbuns do B.A.D. foram tirados de trilhas sonoras de filmes da Sessão da Tarde.

Os anos foram passando, e acabei deixando o Big Audio um pouco de lado. [não, I'm not turned out a punk, heh] Só esses dias que eu vi que eles iriam tocar no Coachella que me deu vontade de escutar de novo. E pelo visto eu ainda vejo muita graça neles (LÓGICO, não é nem 1/12 do que é o The Clash, mas é bacana mesmo assim), inclusive fiz esse post ouvindo-os. Creio que seria uma boa pedida uma passagem deles no Brasil, já que esse ano teremos várias atrações no pop 'n rio que são ruins até dentro de seus gêneros, e faltam bons shows. Falando em bons shows, será que o Planeta Terra Festival trará alguma outra atração de grande porte (sem ser os strokes) ?

Ainda acredito em My Bloody Valentine, pelo menos no indie stage.

domingo, 3 de abril de 2011

Além do veludo

Para ser bem sincero, hoje eu estava destinado a fazer um post sobre Restart (criticando, é claro), mas é um assunto já comentado exaustivamente em quase qualquer lugar que se converse sobre música. Por isso, a única coisa que eu digo é que de um modo geral, o Restart dá um exemplo muito bom para todos nós. Eles mostram que até músicas lixo conseguem fazer sucesso, implicando que caso você tenha uma banda, mesmo que seja hiper meia-boca, deve correr atrás! Porque se aquilo consegue ser famoso e arrebatar multidões de fãs, qualquer coisa acima deles tem tudo para ser a nova sensação musical! Não desista!

------------------------------------------------
Havia um certo tempo que eu não ouvia Joy Division, apesar de ser uma das minhas bandas favoritas. E, despretenciosamente, navegando pela internet, eu achei várias músicas deles no formato FLAC (sem perda de áudio). Foi a chance de matar a saudade da sombria voz de Ian Curtis. A única coisa ruim de tal formato é o seu tamanho (cada música fica em torno de 25mb), mas caso você tenha um espacinho sobrando no pc, compensa ter um ou outro arquivo. Melhor ainda quando é bootleg, em que você fecha os olhos e tem a impressão que está no meio do show.

Na onda do Joy Division, relembrei de algumas coisas que eu escutava muito tempos atrás, como o primeiro disco do Velvet Underground. Não cheguei a re-escutá-lo, mas fiquei motivado a ouvir o Chelsea Girl, de Nico, e Songs For Drella, de Reed e Cale. Agradei muito dos dois, principalmente do ar sombrio (em especial o Songs For Drella - é impressionante reproduzirem tal atmosfera em plenos anos 90!) que os dois álbuns emanam.

Sinceramente, eu sei que Nico não fazia nada dentro do Velvet além de cantar uma ou outra música (isso quando não tocava tamborim), mas a voz dela até que é muito bonita. É um blasé elegante, sem ser essa ridicularidade forçada que esses 'modernetes' ficam tentando ser hoje. Nico sabia ser uma femme fatale.

----------------------------------------
No mais, não tenho esperança nenhuma que o Cure vai vir no Brasil em 2011. Essa notícia (falsa) é divulgada desde que eles vieram aqui pela última vez, em 1995, e eu só vou acreditar quando for publicado no site oficial. E como o (chato do) Robert  já disse que só fará um show nesse ano, um show na américa latina só será possível se ele mudar de ideia, o que é semi-impossível.