domingo, 1 de maio de 2011

Pato Fu, e sua música nada-de-brinquedo

Começei a escutar Pato Fu de verdade mesmo foi em meados de 2002, quando eu copiei uma em uma fitinha o ao vivo mtv para escutar no meu walkman, e "peguei emprestado" uma fita VHS com o mesmo show. Lembro que na época a música Capetão 66.6 FM era o máximo pra mim (máximo da doideira, máximo da criatividade, máximo de tudo). A partir daí (e depois que ganhei um computador), fui me tornando cada vez mais fã da banda.Claro, por ser apaixonado com animes e mangás, a música Made in Japan era quase um hino. Até hoje consigo cantá-la no embromation.


Desde que mudei para belo horizonte (a terra deles) tinha vontade de ir em um show deles. Até que fiquei sabendo que tocariam no Palácio das Artes, hoje, às 18:00. Ainda não escutei nada do disco novo, só sabia que ele fora gravado com instrumentos infantis, em meio a outros brinquedos maneirinhos. Mesmo arriscando não achar ingresso, fui lá tentar a sorte. Ainda bem: consegui comprar o último ingresso!!!!

Quanto ao show, digamos que superou MUITO as minhas expectativas. Eu fui sabendo que seria algo bacana, mas eu temi que tivesse alguns momentos em que ficasse alguns "espaços" nas músicas, por causa dos instrumentos. Mas foi pelo contrário. Estava tudo muito bem preenchido. A cada música, cada brinquedinho novo utilizado, eu fui ficando mais fascinado pelo show e pela ideia super original de Fernanda Takai e companhia.


Teve um instrumento que o John tocou em uma música que diz ele ser uma espécie de um lápis, que quando você escreve na lousa própria faz um barulho meio sintetizado. O barulho era quase idêntico aos sintetizadores utilizado por Brian Eno em seu período Roxy Music. Queria muito ter um desse, até ele dizer que ficou mais ou menos uns 30 dólares. Melhor esperar um pouquinho.... O show estava repleto de crianças, por motivos óbvios. Além disso, os fantoches do Giramundo também participaram do show, dando o ar da graça. A última música, Bohemian Rhapsody, foi um espetáculo a parte, tanto pelas palhaçadas dos fantoches quanto da banda em si. Fui embora com uma satisfação muito grande, e uma  vontade de assistir mais um show do pato fu (com eles cantando mais músicas deles dessa vez)

Nota para o show: 9,5 / 10

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[enquanto isso, na vitrola...]

O novo disco do Crystal Stilts é fantástico! Admito, não empolguei tanto quanto com o primeiro trabalho deles, mas mesmo assim, eles continuam com aquela atmosfera sombria, se mantendo com o título (dado por mim) de "Dark Surf Musicians" ou "O Negativo de Jesus and Mary Chain". Nesse In Love With Oblivion, não sei porquê, mas senti um certo toque de Arcade Fire também. E sim, gostaria muito de vê-los ao vivo.

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